A primeira reunião de Formação e Pesquisa com os Observatórios investigou os impactos da cadeia produtiva de petróleo e gás no cotidiano dos pescadores artesanais, agricultores familiares e quilombolas dos onze municípios onde o PEA Rede Observação atua (Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Itapemirim, Macaé, Presidente Kennedy, Rio das Ostras, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra).
A partir da discussão sobre os diversos segmentos necessários à exploração de petróleo, foi possível identificar conflitos relacionados aos macro impactos, como aqueles ligados ao uso e ocupação do solo, a dinâmica demográfica e à pressão sobre infraestrutura urbana, social e de serviços.
Nos municípios em que os grupos estão mais consolidados, como Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras e São Francisco de Itabapoana, foi possível definir um tema de monitoramento que orientará as ações dos Observatórios. O processo investigativo e a escolha do tema se basearam em aspectos como: abrangência, particularidade, intensidade, possibilidade de enfrentamento, capacidade de mobilizar pessoas e instituições, entre outros.
Nos Observatórios Itapemirim, Macaé e Presidente Kennedy, em função dos desafios e dos diferentes momentos em que os Observatórios se encontram, foi necessário adaptar o tempo do processo educativo e realizar outras atividades. Em Itapemirim e Macaé, o encontro teve como objetivo a realização do mapa falado, atividade que busca mapear o território a partir da percepção dos próprios sujeitos da ação educativa. Em Presidente Kennedy, foi realizada a atividade travessia com as mulheres da pesca de Marobá, a fim de conhecer o território e a realidade vivida por esse grupo social.
Já no Observatório São João da Barra, a reunião de definição do tema de monitoramento chegou a ocorrer, porém será necessário novos encontros com a temática para compreender melhor a realidade e os conflitos que os sujeitos prioritários estão inseridos.
Foto: Observatório de Campos dos Goytacazes