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Congresso Internacional em Búzios discute ações alinhadas à Agenda 2030 e desafios das comunidades tradicionais

Entre painéis sobre sustentabilidade e justiça social, o 2º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos e Saneamento (CIRS) em Búzios expôs os desafios de um país que ainda precisa levar água, saneamento e dignidade às comunidades tradicionais. Os quilombolas de Baía Formosa, Ana Paula Viana e José Ricardo Bem-querer, participaram do evento.

Por Armação dos Búzios - Rede Observação
21/10/25 20h32 - 7 dias
Entre os dias 6 e 10 de outubro, Armação dos Búzios recebeu o 2º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos e Saneamento (CIRS). O evento, que conecta governos, empresas e pesquisadores em busca de soluções inovadoras, contou com painéis de especialistas globais, apresentação de cases inovadores e tecnologias emergentes. Os quilombolas de Baía Formosa, Ana Paula Viana e José Ricardo Bem-querer, participaram do evento e contaram que seus conhecimentos sobre temas relacionados ao clima e à sustentabilidade foram ampliados, uma vez que esses assuntos impactam a qualidade de vida das pessoas que vivem em comunidades tradicionais. 

Segundo a quilombola e advogada Ana Paula Viana, há uma projeção de ações alinhadas à Agenda 2030, com a citação de programas já existentes e objetivos a serem implementados em todo o Estado do Rio de Janeiro, buscando uma gestão pública municipal em consonância com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

“Em nosso caso de comunidade tradicional, as abordagens se relacionam com as temáticas de Erradicação da Pobreza (ODS1), Fome Zero e Agricultura Sustentável (ODS2), Água Potável e Saneamento (ODS6), Redução das Desigualdades (ODS10), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS11)”, afirmou. 


Os painéis trouxeram destaques para tratativas que incluam os direitos sociais e as condições de vida em comunidades vulneráveis, considerando, por exemplo, as ocorrências climáticas em localidades ausentes de políticas públicas (como o saneamento básico e infraestrutura adequada), que sofrem com mais intensidade os impactos socioambientais. Em relação às comunidades quilombolas, os debates reforçaram a potência das comunidades tradicionais e de seus modos de vida sustentáveis. Foi enfatizada a necessidade de garantir o acesso à água potável e ao saneamento básico em conformidade com as projeções do marco legal do saneamento. No caso dos quilombolas, foram mencionados programas governamentais voltados para essa implementação. Também foi apontado o incentivo às atividades de agricultura sustentável. 


“Realizei trocas de experiências e reflexões sobre a urgência da implementação dos ODS em nosso município [Búzios]. Foram dias de aprendizado, mas, sobretudo, de compreensão de que o modo de vida tradicional é um grande exemplo de sustentabilidade. A importância de investimentos e da proteção das comunidades tradicionais cumpre não apenas um dever legal, mas também garante às futuras gerações um planeta mais verde”, disse Ana Paula Viana.





Os quilombolas são um dos grupos prioritários do PEA Rede Observação. 
Com a metodologia da educação ambiental, o PEA Rede Observação é uma medida de mitigação exigida 
pelo licenciamento ambiental federal conduzida pelo IBAMA

A realização do PEA Rede Observação é uma medida de mitigação exigida pelo Licenciamento Ambiental Federal, conduzido pelo IBAMA.

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