Colheita vai até final de agosto - Foto: Jean Santos

Os agricultores familiares de Cantagalo, em Rio das Ostras, e do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Osvaldo de Oliveira, em Macaé, que participam das atividades do PEA Rede Observação, iniciaram neste mês a colheita da safra de feijão. Juntos, os agricultores podem colher até 15 toneladas de grãos em agosto, sendo a maior parte de Rio das Ostras, que conta com apoio da prefeitura. Parte será vendida em feiras agroecológicas, enquanto a outra seguirá para programas de alimentação do governo federal e cozinhas solidárias.

PLANTIO E COLHEITA

O processo começou após cerca de três meses do plantio, que envolveu preparo da terra, aplicação de calcário e adubo. Em Cantagalo, o plantio ocorreu em abril, enquanto em Macaé, começou em maio. A agricultora Edna Mendonça, do PDS Osvaldo de Oliveira, explica que a rotina envolve várias etapas após a retirada do feijão.

“Depois de colhido a gente coloca no sol, abre uma lona, espalha, faz a limpeza, embala e vende. Parte fica para o nosso consumo e também guardamos sementes para o próximo plantio. Nós vendemos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), cozinhas solidárias e nas feiras. O feijão vermelho, por exemplo, nós plantamos 9 quilos e colhemos [até o momento] 620 quilos”, contou.

Agricultor familiar do PDS Osvaldo de Oliveira durante a colheita do feijão vermelho - Foto: Jean Santos

Já em Cantagalo, a agricultora Anderlândia Gomes, destaca a experiência no cultivo.

“Tenho 15 anos de plantio de feijão. Desde que me mudei para cá, participo [de reuniões] do PEA [Projeto de Educação Ambiental] e seguimos com o apoio técnico e da prefeitura. Só nesta safra, colhemos 497 quilos de feijão do tipo chocolate”, disse.

A produção será comercializada em feiras agroecológicas da Praça de Cantagalo, em instituições como o Instituto Federal Fluminense (IFF) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), além de fornecimento para empresas da região, como a multinacional One Subsea.

Anderlândia iniciou plantio em abril e, em meados de agosto, já havia colhido 497 quilos de feijão do tipo chocolate - Fotos: Lenos Maycon

IMPACTO FINANCEIRO

A comercialização garante renda complementar às famílias. Segundo os agricultores, o preço médio da safra está em queda, o que pode reduzir o retorno financeiro.

“É uma renda certa de venda, mas o valor baixo neste ano dificulta. O feijão nos ajuda a pagar despesas, mas precisamos vender rápido, porque é um alimento limpo, sem veneno, e tem durabilidade menor”, explicou Anderlândia.

Além da oscilação de preços, a falta de estruturas adequadas de armazenamento também é um desafio, já que parte da produção precisa ser mantida nas próprias casas dos agricultores até ser comercializada.

PDS entrega 9 toneladas ao PNAE

A produção agrícola do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Osvaldo de Oliveira contribuiu com 9.461 toneladas de alimentos destinados à alimentação escolar da rede municipal de Macaé no ano de 2024. A ação, realizada por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), atendeu 110 unidades escolares e beneficiou aproximadamente 39.866 estudantes, envolvendo diretamente 40 famílias agricultoras organizadas em cinco grupos de produção. Entre os principais alimentos fornecidos estão feijão, milho, abóbora, aipim, hortaliças e batata-doce, entre outros itens.

Os agricultores familiares de Rio das Ostras e Macaé são um dos grupos prioritários do PEA Rede Observação.
Com a metodologia da educação ambiental, o PEA Rede Observação é uma medida de mitigação
exigida pelo licenciamento ambiental federal conduzida pelo IBAMA.

Agricultores familiares de Macaé e Rio das Ostras iniciam colheita de feijão

PLANTIO E COLHEITA

“Tenho 15 anos de plantio de feijão. Desde que me mudei para cá, participo [de reuniões] do PEA [Projeto de Educação Ambiental] e seguimos com o apoio técnico e da prefeitura. Só nesta safra, colhemos 497 quilos de feijão do tipo chocolate”, disse.

IMPACTO FINANCEIRO

“É uma renda certa de venda, mas o valor baixo neste ano dificulta. O feijão nos ajuda a pagar despesas, mas precisamos vender rápido, porque é um alimento limpo, sem veneno, e tem durabilidade menor”, explicou Anderlândia.

PDS entrega 9 toneladas ao PNAE